segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Notícias: Delegação Local de Montalegre. Reactivação de actividade.

A delegação de Montalegre da Cruz Vermelha Portuguesa já existe há alguns anos. Contudo, esteve desactivada até Outubro último, data em que Deolinda Silva, assumiu as rédeas da associação. No momento em que estão a ser dados os primeiros passos para cumprir a principal missão, ajudar quem precisa, são muitos os projectos. Alguns estão já em curso, como a recolha de roupas em contentores e a loja social, outros serão postos em prática com o decorrer do tempo. Deolinda Silva, acredita que «a Cruz Vermelha pode e vai, com certeza, fazer um bom trabalho no concelho de Montalegre».

A delegação da Cruz Vermelha de Montalegre sofreu uma viragem a partir de Outubro do ano findo. Deolinda Silva, actual responsável pela associação, tomou posse, durante um mandato de quatro anos, e pretende «dar vida» a uma instituição que estava adormecida. Assistimos agora a um sem fim de mudanças e projectos que querem passar do papel para a prática. Sem esquecer a missão primordial de ajudar quem mais precisa, esta instituição «quer promover a cooperação entre as instituições locais, para dessa forma obter melhores e mais resultados eficazes».
Está já em funcionamento a loja social e a recolha de roupa nos contentores espalhados no concelho. Marca-se aqui o início de um projecto que promete «surpreender Montalegre» e ajudar os seus habitantes.

MONTALEGRE E SALTO COM CONTENTORES

Desde sempre que as pessoas se habituaram a doar roupa à Cruz Vermelha. «Todos os dias, enquanto exerci em Ribeirão, tinha sacos e sacos de roupa para tratar. Era necessário fazer a triagem da mesma, lavá-la, remendar alguma que estava rota, passar a ferro… e o tempo não dava para tudo», explica Deolinda Silva. Porém, o problema do tratamento do vestuário entregue, estendia-se a todo o país, um pouco por todas as associações. Desta feita, «a Cruz Vermelha nacional fez um protocolo com uma firma. São instalados contentores, como já foi feito em Montalegre. A empresa recolhe, lava, desinfecta e distribui os agasalhos por onde for necessário», esclarece a representante da associação montalegrense.
Ao todo, no concelho, existem oito contentores onde é possível depositar a roupa. A vila de Montalegre possui cinco, estrategicamente colocados na central de camionagem, em frente à igreja nova, na rua do Avelar, na rua da Portela e outro no bairro. A vila de Salto também possui dois e para os habitantes da aldeia de Vilar de Perdizes também é possível efectuar o donativo de roupa e calçado no contentor que possuem.

APELO À POPULAÇÃO

Deolinda Silva solicita que «as pessoas depositem a roupa nos contentores em saquinhos fechados e não se descuidem de fazer essa boa acção. A firma desloca-se para recolher a roupa duas vezes por semana. Se chegam aqui e os contentores estão vazios, naturalmente que ao fim de duas ou três semanas recolhe algum deles. Porque não se justifica ter tantos se a contribuição das pessoas for pouca». A responsável da delegação da Cruz Vermelha Portuguesa de Montalegre lembra que «a ajuda e contribuição das pessoas é importante no percurso de qualquer associação, contudo, no início, quando se começam a dar os primeiros passos, a cooperação entre todos é essencial».

LOJA SOCIAL

A criação da loja social em Montalegre foi uma das primeiras acções da Cruz Vermelha no concelho. O estabelecimento já funciona e as instalações podem ser visitadas no centro da vila.
A missão da Cruz Vermelha é ajudar as pessoas que necessitam. Por conseguinte, «a nossa primeira acção, interesse e razão de ser é ajudar. Mas também temos despesas (renda de casa para pagar, energia, telefone) e nesta loja temos roupa para dar e também alguma roupa que podemos vender a preços simbólicos. Esse rendimento ajuda nas despesas enquanto não temos outras receitas», relata Deolinda Silva.
A responsável pela delegação de Montalegre mostra-se preocupada em «arranjar receitas fixas para cobrir as despesas, também elas fixas». Na loja da Cruz Vermelha as pessoas vão poder, com o tempo, encontrar os artigos mais variados. Para já «temos só roupa nova e usada, mas vamos ter outras coisas», acrescenta.
Deste modo, surge o apelo, à população em geral, «que venha visitar a loja social. É uma forma de ajudar e por todos, não custa nada», clama Deolinda Silva.

JOVENS NA CRUZ VERMELHA

O número de voluntários cresce de dia para dia «e até os jovens acordaram para a Cruz Vermelha, aperceberam-se que ela existe e então já têm aparecido a oferecer a sua ajuda», sorri Deolinda Silva. «Estamos a pensar seriamente num programa para a juventude. Porque a Cruz Vermelha não é só distribuir “roupinhas” nem alimentos. Temos outros projectos, podemos, com muito trabalho e empenho, voar mais alto. A Cruz Vermelha faz um trabalho muito abrangente e é isso que nós queremos conseguir desenvolver aqui», acredita a responsável da associação de Montalegre.

AJUDAR ALÉM DA POBREZA

Na mente da maioria da população «ajudar significa apenas combater os sinais de pobreza como matar a fome e vestir quem não tem meios para o fazer. Contudo, ajudar vai muito além da pobreza. Há pessoas que não são pobres mas precisam de ajuda. Refiro-me aqueles que estão sós, que não têm quem lhes faça nada. Possuem dinheiro mas não têm quem os auxilie em muitos aspectos, com ir buscar os medicamentos, pagar a luz, entre outras pequenas coisas que as pessoas precisam no dia-a-dia», narra Deolinda Silva.

TRABALHAR EM PARCERIA

Ao fim de quase quatro meses de trabalho já é possível ter «uma noção mais precisa das necessidades das pessoas do concelho. Porém, vamos reunir com a rede social e trabalhar com outros parceiros, pois só unidos é que vamos conseguir levar a associação a bom porto. Nós não podemos trabalhar isoladamente. Portanto vamos colaborar com todas as instituições de Montalegre e tenho a certeza que juntos vamos conseguir fazer um bom trabalho», remata Deolinda Silva.
in.:www.cm-montalegre.pt

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