terça-feira, 3 de agosto de 2010

Notícias: CVP Aveiras de Cima espera e desespera por casa nova.

Cruz Vermelha de Aveiras de Cima estaciona oito viaturas na rua



in.:youtube.com



Oito das 15 viaturas da Cruz Vermelha Portuguesa de Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, ficam estacionadas na rua por falta de espaço no interior das instalações da instituição. A situação agravou-se porque um terreno emprestado, que funcionava como local de estacionamento nas imediações da sede, teve que ser devolvido no dia 31 de Julho.

Os restantes sete veículos são arrumados na apertada sede da cruz vermelha. As garagens ficam frente à estrada nacional 366, uma via muito movimentada, o que também coloca problemas aos operacionais. Sempre que há um serviço de emergência é preciso accionar o semáforo vermelho a partir da central. “E isto funciona quando os condutores respeitam as regras”, garante o comandante da Cruz Vermelha Portuguesa de Aveiras de Cima, José Torres.

Dois jipes de coordenação e comunicação e transportes de equipas especializadas ficam nas traseiras da sede. Duas ambulâncias ocupam um parque de estacionamento à entrada da vila e outros três veículos ficam espalhados pela rua. Um jipe de logística estaciona numa garagem privada. “Estamos expostos à mão do alheio. Há uns tempos roubaram gasóleo de um jipe”, ilustra o comandante.

Uma viatura e um atrelado estão ainda numa quinta privada a seis quilómetros da unidade. É o suporte de transporte da tenda insuflável que funciona como PMA (Posto Médico Avançado) e que foi requerido pelo Inem (Instituto Nacional de Emergência Médica) aquando do acidente na A1 com um autocarro em Junho de 2009 na auto-estrada que envolveu multivítimas. O investimento ronda os 46 mil euros. “Se somos confrontados com uma situação grave temos que percorrer seis quilómetros, vir carregá-la (não podemos ter o material à chuva) e só depois podemos avançar”, esclarece o comandante.

Na edição de 18 de Abril de 2007 O MIRANTE alertava já para a exiguidade do espaço que estava a colocar em causa a operacionalidade de voluntários e profissionais. Na altura a delegação tinha dez viaturas. Três ficavam estacionadas na rua. “Actualmente temos 15 veículos e as infra-estruturas são as mesmas”, enfatiza o comandante.

A unidade comemorou no dia 1 de Maio o 25º aniversário, mas sem o vislumbrar da nova sede. “Todos os anos nos dizem que teremos o terreno até final do ano”, critica em tom irónico o comandante. “Até parece que esta unidade não tem feito um excelente trabalho em prol da população do concelho na área da protecção civil. Não estamos a ver esse reconhecimento”, remata.

A promessa de um terreno, junto ao futuro quartel da GNR, para a nova casa da Cruz Vermelha Portuguesa de Aveiras de Cima está feita há nove anos pela Câmara Municipal de Azambuja.

in.:www.omirante.pt

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