domingo, 27 de dezembro de 2009

CVP em Acção: Assalto acabou em morte. Intervenção CVP.

MORTO POR ASSALTANTES AO DEFENDER O ARMAZÉM DO AMIGO.


Um amigo e vizinho do proprietário de uma fábrica de reciclagem de cobre, situada em Alvre, Aguiar de Sousa, Paredes, morreu, ontem, sexta-feira, depois de ter sido agredido com uma pancada na cabeça por assaltantes que tentou travar.

A vítima, António da Rocha, 56 anos, até já tinha sido aconselhado pelo dono da Tritacobre Metais Lda., a não fazer nada - a não ser alertar as autoridades - caso se apercebesse de algum assalto. Isto porque, nos últimos tempos, já por diversas vezes a unidade de gestão e reciclagem de resíduos já tinha sido alvo da cobiça dos assaltantes, interessados no metal que conseguem revender a bom preço.

Ontem à tarde, por volta das 19.30 horas, no entanto, António da Rocha apercebeu-se, mais uma vez, de movimentações de estranhos no armazém da Tritacobre e a vontade de fazer qualquer coisa para evitar novo assalto foi mais forte do que os avisos do amigo. Acompanhado pelo filho e por um cunhado, António dirigiu-se para a fábrica.

"Eu entrei pela fábrica dentro e o meu cunhado ficou cá fora", conta, ao JN, o cunhado, Domingos Costa, ainda abalado pelo sucedido. E foi cá fora, à entrada, que António foi atingido na cabeça pelos assaltantes, com um objecto que não foi ainda determinado.

"Com a pancada que levou dificilmente podia ter sobrevivido. Quando cheguei junto dele já os ladrões tinham entrado no carro para fugir. Ele deitava muito sangue pela cara", recorda o cunhado.

António da Rocha tinha problemas cardíacos e, segundo familiares contaram ao JN, até tinha sido operado há relativamente pouco tempo, pelo que ainda não é possível medir o papel que este facto teve na sua morte.

Tudo aponta, no entanto, para que o ferimento da pancada tenha sido fatal, embora só a autópsia, que deverá ser realizada na próxima segunda-feira, vá esclarecer definitivamente a questão.

Os bombeiros de Cete e os socorristas da Cruz Vermelha Portuguesa ainda tentaram reanimar a vítima durante largos minutos, mas já nada puderam fazer.

Numa fase inicial, os militares da GNR de Paredes, que foi a primeira força policial a acorrer ao local, ainda chegaram a pensar que os assaltantes se encontrassem dentro das instalações fabris. As primeiras notícias do caso davam conta até de que teria havido um tiroteio entre populares e os intrusos.

A Polícia partiu do princípio de que os assaltantes estariam armados e, por isso, cercou toda a zona, para evitar a sua eventual fuga. Mas pouco depois, após uma vistoria ao local, concluíram que o grupo supostamente responsável pela morte de António da Rocha já tinha fugido.

Ao fim da noite de ontem, muitos moradores da zona começaram a afluir ao local, chocados com o que tinha sucedido. Também a família estava em choque profundo. "Foi uma injustiça, ainda por cima no dia em que é", disse, ao JN, um familiar. A investigação do caso passou já para a Polícia Judiciária.


in.:www.jn.sapo.pt

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