segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

CVP em acção: Temporal na Madeira. Intervenção CVP Madeira.


"Salve-se quem puder". Eram as palavras mais ouvidas junto do mercado dos Lavradores. Muitos se refugiaram neste e tiveram de ser resgatados ao final da tarde quando as coisas começavam a melhorar. Nas acções de salvamento, até o SANAS foi chamado para prestar socorro em terra. Botes foram utilizados para resgatar dezenas de pessoas que ficaram bloqueados em prédios na Rua do Seminário e Rua Fernão de Ornelas. A Polícia não tinha mãos a medir. Do mesmo modo os meios de socorro, entre eles a Cruz Vermelha Portuguesa. As tropas também apareciam por todos os cantos. Os bombeiros tudo faziam. Mas eram impotentes para tantos pedidos de auxílio. Também não conseguiam ultrapassar os obstáculos que surgiam nas estradas. Até o Comando Regional foi invadido pelas águas. A estrada era uma autêntica ribeira em frente a esta instituição. Valeu o esforço e foi preponderante a entreajuda entre os agentes da PSP. Quando um destes estava perdendo esperanças numa operação de resgate, desse mesmo jardim para o lado norte, os colegas ao verem que estavam a perdê-lo, dois deles atiraram-se à água, pois só arriscando a vida é que foi possível retirá-lo daquela posição difícil.
Dezenas de pessoas ficaram encurraladas no jardim central do Campo da Barca, entre a bomba de gasolina e o outro lado da estrada. As águas da ribeira não davam muitas hipóteses. Foram evacuadas através de cordas, com o apoio de bombeiros. correndo o risco de serem arrastadas pela força das águas. Felizmente não há vítimas a registar neste local. O Funchal estava a ser evacuado para zonas mais altas e que ofereciam segurança. Com efeito, ninguém se sentia seguro.
Mas, a tragédia não se passava só nesta zona. Do outro lado da cidade o caso não era melhor. Junto ao Dolce Vita e ao edifício 2000, a ribeira galgava também a estrada. A superfície comercial foi invadida e os prédios mais antigos ameaçavam ruir. Era o caos. Mas o perigo real impedia qualquer aproximação daquela ribeira. Os prejuízos são incalculáveis. Os próximos meses são para limpezas e balanço de um prejuízo que está fora do imaginável. O alerta vermelho revela uma calamidade pública. Um dia para nunca mais esquecer.

in.:jornaldamadeira

1 comentário:

kika disse...

triste e passar pelo site da Cruz Vermelha Portuguesa e na ver um apelo de ajuda para a Delegaçao da Madeira que neste momento tanto precisa...vemos a deslocar se para operaçoes centenas d operacionais e nao se fala na CVP a deslocar qualquer tipo de ajuda nem material nem humano...Sr Presidente deixe d pensar no fardamento e pense um bocadinho no que esta delegaçao precisa neste momento...