domingo, 14 de março de 2010

Notícias: Simulacro de Acidente de aviação. Intervenção CVP Vilar/Vila Conde.

O simulacro da queda de uma aeronave na periferia do aeroporto Francisco Sá Carneiro correu, hoje (13.03.2010), "dentro das expectativas" e foi importante para "afinar procedimentos", explicou o comandante do CDOS do Porto.

O simulacro, que para o comandante foi "importante para treinar a interação entre os vários agentes das operações civis" e "fundamental para afinar procedimentos", arrancou cerca das 15:30 com o incêndio do "avião despenhado".

A representar a aeronave despenhada, foram utilizados três autocarros colocados de forma alinhada num descampado junto à estação de Metro de Modivas Sul, Vila do Conde, e aos quais foram acrescentadas "asas" e "cauda".

10 minutos depois do "acidente" chegaram os primeiros veículos de bombeiros do aeroporto, veículos da Cruz Vermelha Portuguesa e dos Bombeiros Voluntários de Vila do Conde.




O incêndio na 'aeronave', acompanhado de explosões e efeitos pirotécnicos, foi extinguido em cerca de 20 minutos e os primeiros 2feridos graves" foram transportados, pelo INEM, para o hospital meia hora depois da "queda".

Enquanto isso, eram acionados pelo Posto de Comando montado no local todas as unidades hospitalares que se disponibilizaram para participar no exercício - Hospital de São João (Porto), Santos Silva (Gaia) e o de Braga - para onde, e após triagem pelo INEM, seriam transportadas as "vítimas".

Para desempenhar o papel de "vítimas" (mortos e feridos graves) estiveram no local 150 figurantes, associados da Fraternidade de Nuno Álvares (FNA) e seus familiares.

O Simulacro Águia 10 visou também testar a resposta do distrito face a um acidente com ocorrências distintas e em simultâneo, pelo que além do acidente aéreo fizeram parte do exercício um incêndio florestal, um urbano e um industrial, além de um acidente rodoviário com vítimas e um acidente com matérias perigosas.

Estiveram envolvidas no simulacro 47 corporações de bombeiros, 115 veículos e 369 operacionais dos vários agentes de proteção civil.


in.: http://escutismo_adulto.blogs.sapo.pt



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A queda de um avião logo após levantar voo, 37 mortos e 113 feridos foi o cenário que, ontem, se instalou a três quilómetros do aeroporto. Quatro centenas de operacionais participaram neste simulacro e o próximo é na Petrogal. O fumo não deu tréguas às "vítimas".

Num campo situado junto à estação de metro de Modivas Sul, em Vila do Conde, três autocarros, duas asas e uma cauda simulavam a aeronave. À volta, rodas, assentos e vítimas espalhadas pela relva com sangue simulado na face, braços e pernas. Vinte e cinco minutos após as 15 horas, começou a arder a traseira do avião e deu-se uma primeira explosão. Outras seguiram-se, sendo que uma delas projectou destroços para bem perto dos voluntários. Dez minutos após o alerta, chegaram os meios necessários. As primeiras foram as viaturas da Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação de Vila do Conde.

A Protecção Civil mobilizou todos os meios para Modivas, onde estiveram ontem 369 operacionais e mais de 100 viaturas. Eram 47 corpos de bombeiros.

A aeronave estava em chamas quando chegou o corpo de bombeiros do aeroporto Francisco Sá Carneiro. Dos seus carros, saíam dois jactos fortes. Mas o vento estava contra. Ao mesmo tempo, deflagrava um incêndio na zona florestal. A toda a volta, muitas dezenas de populares assistiam a tudo, bem como os passageiros do metro, que continuou a circular.

Menos de 20 minutos após o acidente, as vítimas começavam a ser retiradas para triagem. Porém, ficaram sentadas numa zona de relvado para onde o vento levava o fumo do incêndio nos autocarros. O chão estava molhado e o frio também não dava tréguas.

Ponto crítico para aviões

Os feridos mais graves eram encaminhados para a tenda do INEM, que posicionou uma dezena de ambulâncias. Alguns foram retirados em macas. Aliás, um dos objectivos do exercício foi testar a capacidade de resposta dos hospitais de S. João, no Porto, de Santos Silva, em Gaia, e de Braga, que accionaram planos de emergência. Mas os feridos também seriam levados para os da Prelada e Santo António (Porto), e o de Pedro Hispano (Matosinhos).

O local da queda, a cerca de três quilómetros, foi escolhido por ser ponto de passagem para os aviões que saem de Pedras Rubras em direcção a norte. A descolagem é a situação de maior risco porque os motores estão na sua potência máxima, explicou o comandante distrital de operações de socorro, Teixeira Leite. Na parte sul do aeroporto, bastante urbanizada, as consequências de um acidente seriam bem mais graves.

Ontem, simulou-se também um incêndio industrial, a queda de um contentor com materiais perigosos e um incêndio em três carros atingidos por destroços do avião, que ficou para o final.

As equipas demoraram cerca de 20 minutos a extinguir o fogo da aeronave. Teixeira Leite garante que, numa situação real, demoraria "muito menos" porque não foi usada espuma mas sim água, por razões ecológicas.

Alguns feridos mais graves ainda esperavam nas tendas uma hora depois do acidente. Questionado sobre o encaminhamento das vítimas, o comandante garantiu que, meia hora depois do acidente, foram levados "os primeiros feridos para o hospital". Às 16.45, o INEM havia feito a triagem de "32 feridos para os hospitais".

A única falha que apontou, antes do relatório a apresentar dia 24 deste mês, foi "o congestionamento momentâneo dos veículos de socorro". A governadora civil do Porto, Isabel Santos, elogiou a boa coordenação e anunciou um novo simulacro, desta vez na zona da Petrogal, em Matosinhos.


http://jn.sapo.pt

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